O pai de Amália, Bernardo Albuquerque, era um jovem advogado e ativista, que lutava, juntamente com o seu amigo jornalista, José Falcão, contra a escravidão. Eles faziam parte de um movimento que tinha em vista conscientizar a população de que todos eram iguais, independente da cor da pele, mas perceberam que não iriam obter muitos resultados, nem nas ruas muito menos em suas famílias, então resolveram investir em algo cujo resultado fosse mais aparente. Os dois resolveram esconder escravos fujões até que conseguissem um outro lugar seguro. Se é que existia um lugar assim.
Era um trabalho arriscado, porém, a revolta que os dois sentiam em ver tantas crueldades sendo justificadas por uma cor, era maior que qualquer medo.
Uma vez, Bernardo, ou Dinho, como era chamado pelos amigos, combinou de se encontrar com José em uma casinha abandonada, bem afastada do movimento da cidade, para decidirem onde esconderiam o próximo escravo.
Naquele dia, ele estava mais contente que de costume. Horas antes ele havia ganhado um caso, onde se dedicara por demasiado e finalmente a justiça havia pairado na vida de uma boa senhora. Eram coisas como essa que fazia Dinho acreditar que seu país ainda tinha solução.
O dia chuvoso não poupou ninguém que havia saído de casa desprovido de um guarda-chuva, inclusive Dinho que chegou ao lugar do encontro todo molhado. Piadas faziam parte de sua personalidade, e é claro que a chuva seria a vítima perfeita para uma dessas piadas.
...
...
...
Ir para outro capítulo:
Olá , você pode compartilhar ou convidar seus amigos, para ler esse livro através do Facebook, Twitter ou Email.
{{ comment.timeAgo }} | {{ comment.countLikes }} Curtir
{{reply.timeAgo}} | {{reply.countLikes}} Curtir