Entre o Real e o Virtual

Quando eu era criança, não entendia porquê as pessoas choravam. Quando choravam de felicidade, eu encarava aquilo com estranheza. Choro, para mim, sempre foi sinal de tristeza; riso, isso sim era sinal de felicidade.

Com o tempo, eu aprendi que aquelas lágrimas salgadas poderiam significar as duas coisas. Um coração partido; um novo amor.

No entanto, quando acordei, ao final da tarde, abraçada a cintura da minha madrinha e notei que ela soluçava e tentava conter suas lágrimas, eu entendi que as pessoas também podiam chorar, ao mesmo tempo, por estes dois extremos: felicidade e tristeza.

Muitas coisas aconteceram, realmente, e talvez seja um pouco difícil definir se valeu a pena ou não. Se esses altos e baixo significam o sentido da vida...

Vamos rebobinar a fita, como já diziam os viventes do século XX, ainda que eu não goste de lembrar de tudo aquilo...

Tudo bem.

Suspiro, não dando uma resposta para minha tia. Na verdade, meus pensamentos estão viajando enquanto Consciência entra no Labirinto da Memória, voltando alguns meses no tempo. Consigo sentir a mesma