Desde pequena eu sempre gostei de fotografar. Quer dizer, não que eu seja lá muito grande com meus 1,63 de altura e 14 anos no currículo, porém fotografia é, desde sempre, algo que me encanta. Por tudo que consiste em uma imagem num pequeno quadrado, tudo o que há em volta numa paisagem, o que guarda no olhar risonho de algumas pessoas, no que pensam aquelas que são pegas desprevenidas. É uma imagem colorida, ou não, que pode guardar um mundo de possibilidades. O mundo em uma fotografia.
É incrível imaginar onde foram tiradas todas aquelas fotos que nós encontramos na casa de parentes que querem relembrar os velhos tempos. Tantas histórias ruins e boas guardadas em um quadrado. Uma fotografia revelada logo depois de passar por todo aquele equipamento de filmes polaroid, a bolsa de fluídos que passa pelos cilindros metálicos apertados que estouram a bolsa espalhando os fluídos na moldura de plástico em um formato próprio. Pois é, eu amo muito tudo isso.
Um dia, eu li em um livro, numa fala de um velho sábio algo mais ou menos do tipo “não devemos tirar fotos de pessoas, estas ficam presas nas fotografias”, mas eu acredito que é muito mais que isso. Não é questão de deixar as pessoas presas em uma mera imagem de uma fotografia revelada ou em uma foto salva no computador, é sobre contar histórias.
Fotos fazem isso. Elas contam histórias sobre uma época, um lugar, um sorriso. E, ainda muito pequena, eu tinha escolhido contar histórias com minhas fotos.
— Fica parado aí, não se mexe! — Corro para tirar minha máquina da minha mochila e levo-a ao meu rosto, focando no quadradinho para ver a imagem a minha frente.
...
...
...
Ir para outro capítulo:
Olá , você pode compartilhar ou convidar seus amigos, para ler esse livro através do Facebook, Twitter ou Email.
{{ comment.timeAgo }} | {{ comment.countLikes }} Curtir
{{reply.timeAgo}} | {{reply.countLikes}} Curtir