O bairro estava enfeitado com abóboras sorridentes, teias de aranha, fantasmas sacudindo na varanda como se fosse lhe pegar e a parte favorita os potes de doces esperando no pé das escadas. Esse sim era o meu feriado favorito. Olhei meu reflexo no retrovisor de um carro e sorri para a garota branca com olhos fundos e os cabelos molhados com um vestido branco batendo no joelho.
— Mamãe caprichou mesmo na fantasia como a vizinha disse quando soltou um pequeno grito quando apareci em sua porta — sorri levantando o olhar e vendo um grupo de crianças passar por mim vestidas com lençóis sobre a cabeça rindo por causa dos seus doces em suas cestas.
Voltei a caminhar pela rua passando em porta em porta pedindo doces ou travessuras. Algumas senhoras levando susto quando me viam molhada e com minha voz que imitava como se estivesse em baixo da água.
Sentei num cordão da calçada para olhar meus doces. Aquele ano estava bem, iria ficar mais de uma semana comendo aquelas gostosuras.
Três adultos passam por mim sorrindo e acabam voltando.
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