No depósito, iluminada por uma fraca lâmpada de 25 watts, sentada sobre um latão de dez litros de molho de tomate, Manoela repassava a vida enfadonha. Não a vida, mas o relacionamento. E mais especificamente, aquelas últimas semanas que reuniam a maioria dos seus desencantos. A razão se chocava com a emoção, lágrimas colidiam com a sobriedade. Dor se juntava a um desespero crescente, e tudo isso a empurra para tomar uma decisão. Tentava decidir se ainda valia a pena manter o casamento, mas havia um conflito interno. Causado por ela? Pelo marido? Pelo destino?
“Meu Deus! Ele transa com qualquer um: homem, mulher, travesti… Será que também com animais? Crianç…”.
Rechaçou o pensamento por ser visceral demais para o seu cérebro. Mas a quase certeza a amargurava. Por isso tantas lágrimas.
“Me sujeito pouco? Não sou atraente para ele? Droga!”.
...
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