Foi com certa dose de bem estar, e preocupação, que ela se teletransportou ao Abismo. Estranhamente tinha vontade de sorrir, mas não o fez. Apareceu instantaneamente na ponta da projeção sobre o buraco, de onde seus olhos negros refletiam a claridade longínqua, como se fossem dois grãos de areia. Algo lá embaixo a encantava. Se sentou cruzando as pernas e, agora, repassava o acontecido.
“Que loucura!”
Porque ela pensava assim? Porque ela reconhecera o lugar do sonho. Sabia bem o que era, onde era, e como funcionava. Não apenas por visitações ou por ouvir falarem. Outrora li fora o seu “berço”. Mas não queria lembrar dessa época. Não por agora. Queria mesmo era tentar entender o que se passava.
“Como aquele humano conseguiu acessar aqueles lugares que eram reservados apenas a quem era de lá, ou aos mortos? Teria ele alguma vinculação? Porque eu não senti qualquer outra entidade por perto?”
Eram dúvidas muito pontuais e que seriam de difícil esclarecimento para ela. Também não havia para quem perguntar. O ideal seria um gestor do setor responsável. Mas ela não conseguiria se teletransportar para o Paraíso e, caso conseguisse, seria erradicada antes que abrisse a boca. Logo ela sentiu uma leve coceira no ombro, mas nem olhou. Ela sabia que era a estrela. O que ela não sabia, porque não viu, era que agora havia um pouco mais de energia.
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