Quase fico surdo com o barulho da porta do passageiro batendo com tudo na lataria do carro, no momento que Rafaela salta para fora. Saímos da cabana e seguimos em silêncio até a casa dela. Até tentei puxar conversa, mas a garota tem um gênio do cão e não quis me ouvir. Parei o carro à uma certa distância da entrada da casa grande para não sermos vistos juntos.
— Rafa, espera. — Grito enquanto tiro o cinto de segurança para acompanhá-la a pé, uma boa parte do caminho.
— Boa noite, amigo. — E assim, ela sai correndo em direção a casa.
Volto para o carro puto comigo mesmo, tão furioso que seria capaz de enfrentar um touro e o derrubar facilmente. Dirijo em direção à cidade e, um pouco antes de chegar em casa, avisto seu Tião e a mãe de Larissa praticamente berrando um com o outro, bem no meio da rua. Penso em parar para tentar apaziguar as coisas, mas percebo que é uma discussão sem agressão, então deixo os dois resolvendo suas diferenças sozinhos. A mulher nem mora aqui, mas vem ao Mato Grosso com frequência, só para ficar de esfregação com o homem.
...
...
...
Ir para outro capítulo:
Olá , você pode compartilhar ou convidar seus amigos, para ler esse livro através do Facebook, Twitter ou Email.
{{ comment.timeAgo }} | {{ comment.countLikes }} Curtir
{{reply.timeAgo}} | {{reply.countLikes}} Curtir