Eu sinto a dor.
A dor de quando estar nascendo o primeiro dente de leite, de quando ficamos doentes pela primeira vez. De quando caímos quando estamos aprendendo a andar e de bater a cabeça várias vezes na descida do sofá para o chão. De quando ralamos o joelho tentando andar de bicicleta (tipo várias vezes) e de quando temos nosso coração partido pela primeira vez, de saber que ela nunca mais vai querer nada com você e que só fez de mais uma peça em um jogo onde a recompensa era outro.
Eu me sinto triste, mas ao mesmo tempo calmo. Machucado mas sabia que aquilo iria acontecer e esperava isso acontecer porque achava que não podia fazer nada para mudar o que viria. A dor que estava em mim nunca cessava. Vivo em constante tristeza e calmaria, e ao mesmo tempo em que há essa calmaria, me sinto devastado. Meu equilíbrio que achava que havia era apenas disfarce para não desabar em qualquer lugar a qualquer hora.
Eu me senti gélido, onde que eu vá, eu me sinto gélido. Sou afetado pela minha própria frieza, fico congelado.
Eu me sinto tão triste. Tão inseguro. Tão indefeso. Tão impotente. Eu me sinto com medo de não ter mais medo e de ser tão intenso quanto devo ser. Eu me sinto tão azul, porque quando eu olho para qualquer lugar, tudo fica azul.
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