Quando chegou o domingo, outra vez um estranho nevoeiro baixou na cidade assim que anoiteceu. Era como se as criaturas da penumbra estivessem soprando a neblina para ocultarem seus rastros. Para Rosana estava tudo bem. Ela também tinha muito a esconder.
Avisada pela estranha aparição dias antes, ela sabia que não devia deixar aquela igreja na companhia do enigmático, porém gostoso, Marcos novamente. Tentava não pensar naqueles braços rígidos apertando-a com virilidade enquanto a possuía. Mordiscava os lábios e se entumecia apenas com as lembranças, mas devia resistir por ora.
Vestiu calças de corte reto, pretas, bastante discretas, com uma camisa social branca de mangas compridas. Prendeu os cabelos lisos num coque e maquiou-se apenas de forma a cobrir as imperfeições do rosto. Até o calçado foi escolhido buscando discrição. Um tênis branco tão básico quanto sem graça.
Durante o culto, ficou clara a ineficácia daquele procedimento. Marcos a olhava com tamanha luxúria que parecia capaz de atravessar-lhe as roupas e tocar seu corpo. Rosana tentava se lembrar das palavras de Chemosh e usaria um último recurso para evita-lo naquela noite.
E assim o fez, dizendo estar menstruada logo que Marcos a abordou após o culto. Isso simplesmente não funcionou, pois o homem se mostrou ainda mais interessado, dizendo desejar o sangue que jorrava dela como um beija-flor anseia um néctar.
...
...
...
Ir para outro capítulo:
Olá , você pode compartilhar ou convidar seus amigos, para ler esse livro através do Facebook, Twitter ou Email.
{{ comment.timeAgo }} | {{ comment.countLikes }} Curtir
{{reply.timeAgo}} | {{reply.countLikes}} Curtir